ABRAISCA defende a sulfluramida

Sulfluramida é essencial para os Setores Florestal e Agrícola e não tem substituto.


De 10 a 14 de outubro, realizou-se mais um encontro do Comitê de Revisão dos Poluentes Orgânicos Persistentes (POPRC 7), da Convenção de Estocolmo onde, entre outros assuntos, foi feita a revisão do Guia de Alternativas para o Perfluorooctano Sulfonato e seus derivados (Guidance on alternatives to perfluorooctane sulfonate and its derivatives). Entre essas substancias encontra-se o PFOSF (perfluorooctanesulfonyl fluoride), matéria prima utilizada na fabricação da sulfluramida, ingrediente ativo usado nas formulações das iscas formicidas para o controle de formigas cortadeiras. Neste caso nada mudou, ou seja, no Guia de Alternativas, continua a informação clara e inequívoca de que a sulfluramida é a única opção eficiente para esse controle, não havendo alternativas.

 

No encontro, também foi criado um grupo ad hoc para preparar um Documento técnico sobre alternativas para o Perfluorooctano sulfonate e seus derivados em aplicações abertas, onde o uso de iscas formicidas para o controle de formigas cortadeiras está incluído. ABRAISCA – Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Iscas Inseticidas e o Ministério da Agricultura participarão desse grupo, informa o Diretor Técnico da entidade, Edson Dias da Silva, que esteve na reunião em Genebra.


A Convenção de Estocolmo faz parte do Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) e foi assinada em maio de 2001, entrando em vigor em 2004, com o objetivo de proteger a saúde humana e o meio ambiente frente aos poluentes orgânicos persistentes (POPS).

São 151 países signatários da Convenção de Estocolmo, que em 2009, na reunião das Conferencias das Partes (COP 4) deliberou sobre vários produtos -- entre eles o PFOSF (perfluorooctanesulfonyl fluoride).

 

Através da decisão SC-4/17 o Perfluorooctane sulfonyl fluoride (PFOSF), intermediário na fabricação de Sulfluramida, foi incluído no anexo B da Convenção de Estocolmo, como uma finalidade aceitável para a produção de Sulfluramida para a fabricação de iscas inseticidas para o controle de formigas cortadeiras Atta spp e Acromyrmex spp.


Assim sendo a produção e uso do PFOSF para essa finalidade aceitável, serão permitidos para qualquer Parte (Pais) que notificar a Secretaria da Convenção a sua intenção de produzir ou usá-lo. O Brasil através do Ministério das Relações Exteriores já notificou á Secretaria da Convenção, ou seja a produção e uso do PFOSF para a produção sulfluramida para a fabricação de iscas formicidas para o controle de formigas cortadeiras é permitida , não havendo nenhuma determinação legal para sua eliminação, proibição e nem para prazo determinado para a substituição.

 

A necessidade da sulfluramida para o agronegócio nacional

A sulfluramida, utilizada na forma de isca formicida, apresenta eficiência plena no controle das formigas cortadeiras.

Um inseticida para ser usado na fabricação de iscas formicidas, deve ter características próprias, imprescindíveis para a eficiência do controle: agir por ingestão; ser inodoro e não repelente; apresentar ação tóxica retardada; ser letal em baixas concentrações; e paralisar as atividades de corte (prejuízo causado pelas formigas), logo nos primeiros dias após a aplicação.


Documentos do Governo Brasileiro enviados á Convenção de Estocolmo, deixam claro que sulfluramida é entre os ingredientes ativos, o único que apresenta todas as características necessárias, para um bom funcionamento como isca formicida, o que o coloca como a única opção eficiente para o controle de formigas cortadeiras, sendo, portanto indispensável para o País.


A manutenção da sulfluramida para o controle de formigas cortadeiras é imprescindível para o agronegócio brasileiro, tendo em vista a inexistência de alternativas e a importância do controle das formigas cortadeiras em qualquer empreendimento agrícola ou florestal.

A impossibilidade de usar a sulfluramida como ingrediente ativo das iscas formicidas pode significar um retrocesso perigoso no controle das formigas cortadeiras, por levar ao uso de produtos de menor eficiência, maior toxicidade ao homem e animais, além do alto risco de impacto ambiental.

 

Compromisso da busca

Edson Dias da Silva ressalta, ainda, que as empresas associadas da ABRAISCA estão fortemente empenhadas na busca de novos princípios ativos para o controle de formigas cortadeiras, que não só apresentem a mesma alta eficiência e a baixa toxicidade da Sulfluramida (classe IV), mas também características de competitividade em custos.


Para isso, destaca o Diretor Técnico da ABRAISCA, "nossas associadas reforçaram suas atividades de pesquisa e de desenvolvimento de produtos, além de investir de forma crescente e consistente em parcerias com Universidades e institutos de pesquisa, visando um novo salto tecnológico na categoria das iscas formicidas, como foi o próprio surgimento da sulfluramida, tempos atrás.

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